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“Enquanto não superarmos a ânsia do amor sem limites, não podemos crescer emocionalmente.

Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades. Para viver a dois, antes, é necessário ser um.” (Fernando Pessoa)

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Quem ama pode machucar outras pessoas


Em três estudos que envolveram 130 pessoas em
relacionamentos longos, Maner e seus
colegas descobriram que, para proteger
seu próprio compromisso com o parceiro,
as pessoas atacam possíveis ameaças

Cientistas descobrem o lado negro do amor 

O amor machuca… outras pessoas, não apenas os parceiros românticos ou os amantes não correspondidos. Um novo estudo sugere que o amor também pode machucar terceiros que não estão envolvidos em um relacionamento. 
Na pesquisa, pessoas que foram preparadas para pensar no quão loucamente elas são apaixonadas pelos seus parceiros desvalorizaram outros membros atraentes do próprio sexo, e são foram mais agressivas em relação a eles, em comparação com as pessoas que foram estimuladas a refletir sobre o sexo com outros significados. 
“O amor é sem dúvida a mais positiva de todas as emoções humanas, mas também vem com um lado negro”, disse o pesquisador do estudo Jon Maner, psicólogo da Universidade Estadual da Flórida. 
Em três estudos que envolveram 130 pessoas em relacionamentos longos, Maner e seus colegas descobriram que, para proteger seu próprio compromisso com o parceiro, as pessoas atacam possíveis ameaças – representadas por pessoas atraentes. 
No primeiro estudo, pesquisadores pediram que estudantes em relacionamentos longos escrevessem sobre um tempo em que eles sentiram um intenso amor por seu parceiro ou um momento em que sentiram desejo sexual intenso por alguma pessoa. Em seguida, os estudantes olharam fotos de homens ou mulheres atraentes ou não. Eles tiveram que classificar o apelo do personagem, pergunta feita para avaliar os sentimentos dos participantes sobre o verdadeiro alvo do estudo – as imagens dos homens e mulheres. 
Os estudantes também preencheram questionários sobre os seus níveis básicos de ciúme, respondendo perguntas como: “Qual é a probabilidade de você fazer uma visita surpresa ao seu namorado para descobrir quem está com ele?” 
Os resultados mostraram que tanto os tipos ciumentos quanto os mais descontraídos avaliaram os personagens como igualmente atraentes quando pensavam no desejo sexual intenso pelo parceiro. Mas quando eles pensavam sobre o amor intenso que sentiam pelo parceiro, o tipo ciumento de repente se tornou muito mais negativo sobre outras pessoas atraentes, classificando-as como muito menos sedutoras. 
Em um segundo estudo, as pessoas em relacionamentos de longo prazo refletiram sobre o seu amor ou desejo sexual por seus parceiros românticos. Mas desta vez, os participantes foram informados que iam jogar um jogo de computador com um outro participante do estudo em outra sala. Quem perdesse o jogo seria atingido com ruídos dolorosos, mas não prejudiciais, através de fones de ouvido. O vencedor teria que escolher quanto tempo e quão alto esses sons seriam. 
Os pesquisadores então mostraram as fotos dos supostos parceiros de jogo dos participantes, que sempre eram atraentes e do mesmo sexo que a pessoa que participaria do experimento. Mais uma vez, pessoas ciumentas que foram lembradas de seu amor pelo seu companheiro amoroso trataram os adversários de jogo duramente, desejando explodir os seus tímpanos com passagens mais altas e mais longas de ruído. 
Em um terceiro estudo, estudantes foram informados que os pesquisadores precisavam de sua ajuda para avaliar pessoas em um novo site de encontros, somente com pessoas de suas universidades. Em seguida, eles viram uma séria de perfis de pessoas “atraentes, interessantes, extrovertidas, divertidas, carinhosas” do mesmo sexo. 
Estas fotos foram projetadas para serem as mais ameaçadoras possíveis. Afinal, as pessoas não só eram muito atraentes e interessantes, mas estavam à espreita de um companheiro e estudavam na mesma universidade que elas. 
Desta vez, os estudantes que foram lembrados de seu amor criticaram pesadamente as pessoas cadastradas no site, as classificando como pouco atraentes, antipáticas e outros adjetivos insultuosos. Os resultados se mantiveram independentemente dos níveis de ciúme. 
As pessoas apaixonadas podem colocar pessoas sedutoras em um patamar inferior. No estudo, quanto mais amor uma pessoa sentia por seu parceiro, mais negativamente ela tendia a julgar outros membros atraentes do mesmo sexo. 
Mesmo quando as pessoas não eram lembradas de seu amor pelo parceiro, elas julgavam as outras de maneira negativa, sugerindo que o sentimento de ameaça provocado pelo lado negro do amor é realmente muito forte. 
Os pesquisadores afirmam que pode não haver grandes diferenças entre pessoas muito ou pouco ciumentas. O que importa é o nível de ameaça. Em última análise, eles concluíram que o amor pode funcionar com um serviço de proteção das relações, para mantê-las por muito tempo. [LiveScience
Fonte: 

Ler mais: 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O Beijo e os seus significados

O que é Beijo: 
O beijo é uma demonstração de afeto entre pessoas, e existem diversos tipos de beijos. O beijo na orelha, por exemplo, é mais dado entre casais, mas também existe o beijo no nariz, no olho, no queixo, e muitos outros. Beijo na orelha é uma das diversas variações de demonstração de carinho. Geralmente é uma forma de beijar dos namorados, de casais apaixonados, porque o beijo é o termômetro de uma relação. O beijo na orelha significa desejo. Geralmente os beijos nas orelhas e no pescoço são preliminares de uma entrega maior, é a maneira de demonstrar que o parceiro está sendo receptivo ao amor. Beijo no nariz é conhecido como o beijo dos esquimós, porque consiste em esfregar os narizes um no outro, simultaneamente, da esquerda para a direita ou ao contrário, e serve para demonstrar um carinho mutuo. Este beijo também pode ser dado entre amigos para demonstrar o afeto que existe entre eles. Beijo no olho ou nos olhos, significa ternura, carinho, dedicação, amor. Geralmente é um beijo que os pais costumam dar em seus filhos à noite quando já estão na cama e pedem um beijo de boa noite. Beijo no ombro significa que o parceiro está sempre pensando no outro, lembrando, e com o desejo de estar sempre por perto. Já o beijo no queixo, significa desejo pela mulher amada, desejo pelo companheiro, necessidade de estar junto, necessidade de compartilhar todos seus momentos. 

Outros significados e conceitos que podem interessar

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Projeto ajuda mulheres a descobrir prazer sexual



Ambulatóro da Unifesp oferece métodos de relaxamento e exercícios que fortalecem a musculatur

Nos consultórios de ginecologia, uma das queixas mais frequentes é a ausência de prazer ou dificuldade de senti-lo nas relações sexuais. Estudo da Secretaria de Estado da Saúde no Centro de Referência e Especialização em Sexologia (Cresex), do Hospital Estadual Pérola Byington, em São Paulo, mostra que, em média, uma em cada cinco mulheres não chega ao orgasmo. Segundo a pesquisa, a maioria dos distúrbios sexuais, mais de 90%, tem origem psicológica, associada a valores sociais ou culturais. Vergonha de olhar e tocar o próprio corpo, falta de diálogo com o parceiro ou de informações sobre o que é orgasmo são algumas situações relacionadas à falta de prazer.

Criado pelo Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o Projeto Afrodite orienta mulheres com vida sexual ativa sobre formas de conhecer o corpo, reconhecer sua sensualidade e obter prazer. As participantes assistem a palestras quinzenais com psicólogos, médicos e fisioterapeutas no Ambulatório de Sexualidade da Unifesp.  No local, são oferecidas intervenções como métodos de relaxamento e treino respiratório e exercícios que aumentam a consciência corporal e fortalecem a musculatura do períneo. O projeto também encaminha pacientes com distúrbios, como vaginismo – contração dos músculos da vagina que impede a penetração do pênis e causa dor durante o ato sexual – para tratamento específico. O Ambulatório de Sexualidade da Unifesp fica na Rua Embaú, 66, na Vila Clementino, em São Paulo. Para mais informações: (11) 5549-6174.

Fonte:

Talvez as crianças lidem muito melhor (e de forma mais pura) com namoros do que muitos adultos por aí.

Por Ana Kessler

Quando eu engravidei e soubemos que era uma menina, uma das primeiras exclamações do pai da Ana Beatriz foi: “Só vai namorar quando fizer 18 anos!”. Ele falou sério, eu ri. Pensei “pobres homens que têm filhas mulheres, passam a vida com medo que elas cresçam”. Afinal, entregar a mão da sua princesinha para outro “macho” da espécie não deixa de ser uma queda de braço com sabor de derrota. Quem será o herói dela agora?

Não sei se a Ana Bia, no aconchego do meu útero, ouviu a conversa e achou graça também. E veio ao mundo levando tudo na esportiva, inclusive os assuntos do coração. Mas fato é que talvez as crianças lidem muito melhor (e de forma mais pura) com namoros do que muitos adultos por aí.

Na escolinha do Rio de Janeiro, então com 5 anos, a Bia era apaixonada pelo tal do Vitor. Desenhava cartões em forma de corações para o menino. Escrevia o nome dele e grudava com ímã na geladeira. Comprava presentes, picolés, emoldurava fotos. Era Vitinho pra lá, Vitinho pra cá. Até que um dia...

Bia: Mãe, tenho uma novidade que você não vai gostar.
Mãe: Ãhm.
Bia: Eu estou namorando o João Vitor.
Mãe: Quem?
Bia: O João, mãe, aquele loirinho, dessa altura, sabe?
Mãe: Ué, mas você não gostava do Vitinho? O que aconteceu?
Bia: Ah, mãe, o Vitinho não gosta de mim.
Mãe: Como você sabe?
Bia: Além do mais, o Vitinho tem uma namorada MAIS VELHA.
Mãe: Mais velha? Quem, a tua colega Gigi?
Bia: Não. Uma menina de fora da escola.
Mãe: Ele falou?
Bia: Falou.
Mãe: E você gosta do João Vitor?
Bia: Mãe, o João Vitor me AMA! Ele vive me pegando no colo.
Mãe: No colo? E você gosta disso?
Bia: Não. Mas eu vou me acostumar...

Gostar de quem gosta da gente é um ótimo começo. Mas só gostar de alguém por que essa pessoa gosta da gente, hum, sei não. De qualquer forma, procuro deixar a minha filha livre para trabalhar os próprios sentimentos e exercitar o “gostar” dentro do seu coraçãozinho. Entro no circuito só para orientar, jamais para julgar. Não incentivo, mas não vejo mal nenhum em ela ter namoradinhos. Afinal, como a Bia mesmo diz: “É namoro de criança, mãe”.

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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O caráter nas relações amorosas


por Flávio Bastos

O caráter é um conjunto de virtudes, hábitos e vícios que o espírito traz consigo quando renasce para mais uma experiência na dimensão física. Durante a infância e conforme a educação recebida, este conjunto sofre uma alteração que influencia positiva ou negativamente o comportamento do indivíduo na fase adulta.
No mundo atual, o caráter nem sempre é considerado como importante quesito nas relações amorosas que se iniciam. Os interesses ou as carências associadas ao emocional da pessoa superam a razão, ou seja, a necessidade de uma avaliação mais criteriosa do parceiro ou da parceira durante a primeira fase do relacionamento.

E quando ocorrem descuidos a respeito do caráter-personalidade das pessoas envolvidas em uma proposta de relacionamento estável, as surpresas negativas tornam-se inevitáveis com o passar do tempo. Situações que proporcionam níveis de desgosto e de arrependimento, e que pode levar a relação ao desgaste e ao fracasso.

Nesta direção, as novas gerações são atraídas para as relações de aventura até enquanto durar o envolvimento. No entanto, muitas experiências aventureiras acabam em compromisso sem os envolvidos se conhecerem o suficiente para assumirem responsabilidades em comum. E quando resolvem morar juntos aparecem as incompatibilidades e o caráter se mostra como ele é, sem disfarces.

Com a crise de valores ético-morais que envolveu o mundo moderno nas últimas décadas, fica cada vez mais difícil encontrar "pessoas de caráter" como se referiam os antigos. A estrutura familiar sofreu um abalo e as rachaduras permanecem expostas. Situação que repercute na formação dos jovens que já não encontram em muitos lares,  ambiente favorável para a internalização de valores compatíveis com o modelo de bom caráter.

Portanto, em razão da crise de valores que envolve a sociedade e, basicamente, a família, torna-se situação de risco apostar em compromisso sério, após vivenciar uma curta relação de característica passional em que o emocional praticamente anulou o sentido de racionalidade da experiência.

Por não ter conhecido suficientemente o outrem na fase passional-aventureira, muitos casais se separam na fase seguinte, quando arriscam uma relação de compromisso e são surpreendidos com a revelação dos "pontos fracos" de um indivíduo ou de ambos, o que compromete a qualidade e a estabilidade da experiência.

Atualmente, o indivíduo que reúne qualidades de um bom caráter é como se fosse "joia rara" a ser encontrada, tal o seu valor no mercado dos relacionamentos amorosos. Afirmação correta? Nem tanto, porque por incrível que pareça, essa "preciosidade" não é suficientemente valorizada no âmbito dos relacionamentos amorosos. E a mídia tem contribuído no sentido de passar aos jovens a imagem de que o mais importante é viver cada momento intensamente como se fosse o último. Até o segundo momento, quando "baixa a poeira da paixão" e a face obscura do outrem é revelada à luz da verdade.

A vida é busca do equilíbrio entre a paixão e a razão. Quando não seguimos essa orientação natural, saímos do foco vital e nos submetemos à ação de energias psíquicas que podem proporcionar prazer a curto prazo, mas que a médio prazo cobram o preço da dor. Valorizar o caráter nas relações afetivas ou amorosas não é caretice ou pieguice, mas uma forma verdadeira de valorizar a si próprio, o outrem e a própria vida como perspectiva de crescimento integral.
Fonte:

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Ida ao motel


Saiba como evitar que gatinha saia com juba de leoa
por Fernanda Camargo

Independentemente se é a primeira, segunda, ou mesmo a décima vez que você está indo ao motel com o seu “parceiro”, pagar um mico lá não é algo que você quer que aconteça. É preciso ficar atenta tanto à questões de higiene do local, quanto pessoal, e outros cuidados essenciais desde a hora de chegada até a saída do motel.

Pensando nisso, a Associação Paulistana de Motéis comenta sobre alguns pontos importantes para você não ser pega desprevenida e evitar quaisquer constrangimentos na hora H.

Forma de pagamento
“Seja cartão, dinheiro, cheque, confira a sua forma de pagamento. Alguns motéis aceitam só uns tipos de cartão, e muitos não aceitam cheque”. Fique atenta!

Documentação
“Leve um documento federal com foto que tenha a sua idade. Menores de idade não podem frequentar motéis e a maioria deles pede na porta o RG para provar a maioridade”. Previna-se ou você pode ser barrada na porta e não entrar mesmo.

Objetos pessoais
Tenha cuidado com os pertences. “Se tiver brincos, anéis e outros acessórios guarde-os na bolsa, bolso ou lugar seguro assim que entrar no motel. Dessa forma, você evita a perda dos itens e mesmo o fato de ter que voltar no local”.

Nécessaire equipada
“O aconselhado é sempre levar seus produtos para evitar que a princesinha que entrou no motel vire uma leoa com juba de 3 metros”.

Preservativo sempre
“Sempre leve seus preservativos. Os dos motéis, além de serem mais caros, podem ser de uma marca que você não gosta ou causar alergia em você”.

Pesquise antes
“Procure se informar com amigos ou procurar na internet para ter certeza de que aquele motel vai corresponder com as suas expectativas. Se tiver uma data marcada, reservar é sempre bom!”

Alimente-se antes
“A comida de motel é boa, mas com tanto exercício físico pode causar indigestão. Além disso, comer demais na frente do parceiro (a) pode vir a ser deselegante”.

Produtos lacrados
“A maioria dos motéis preza por uma qualidade sanitária excelente. Mas aqueles que não são associados podem vir com algumas falhas, como jogos de cama não higienizados. Por isso, sempre use os que estão ensacados, que passaram por controle em lavanderias”.

Piscina
“As piscinas de motel têm mais cloro que o comum. Só assim dão a segurança para o casal de que não haverá impurezas na água. Mulheres loiras devem tomar cuidado para os cabelos não saírem verdes”.

Fonte:

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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Saiba como lidar com os barulhos estranhos da transa


Chamados de flatos vaginais, os gases que saem da vagina da mulher durante uma relação sexual podem ser confundidos com um barulho similar ao de um "pum". O som é resultado do ar que entra em excesso na vagina da mulher durante a penetração.
"Esses barulhos acontecem pelo acúmulo de ar na vagina. Dependendo da posição sexual do casal, há uma entrada maior de ar e quando ocorre a penetração acontece um barulho parecido com o de ar comprimido", explica a ginecologista e terapeuta sexual Mariana Maldonado.
A médica salienta ainda que, dependendo da velocidade e da pressão da penetração, o barulho produzido pode variar de intensidade. "Quanto mais intenso, maior a força e maior o barulho."
Apesar dos barulhos vaginais estarem diretamente ligados à posição sexual, algumas mulheres têm maior tendência a produzir os sons. "Depois do parto normal a mulher pode ficar com o músculo da região mais frouxo, aumentando a abertura da vagina. Isso facilita a entrada de ar em excesso durante o ato sexual", comenta Carolina Carvalho Ambrogini, ginecologista e coordenadora do projeto Afrodite, da Unifesp.
De acordo com a médica, quando os músculos da região da vagina estão frouxos a mulher pode ainda perder um pouco da sensibilidade durante a penetração e do prazer na hora do sexo. Em alguns casos é indicada uma cirurgia de correção chamada perineoplastia. "O pós-operatório é tranqüilo, mas é indispensável o repouso e 40 dias sem relação sexual", comenta Carolina.
Evite os barulhos indesejados
Algumas posições durante a relação sexual favorecem a maior entrada de ar na vagina, facilitando os flatos vaginais. Quanto mais "aberta" a vagina, mais ar entra no local, assim, as chances de fazer barulho são maiores.
Isso significa que alguns "malabarismos" podem facilitar a entrada de ar em excesso na vagina. "Algumas posições do Kama Sutra em que apenas a região da pélvis do casal ficam juntas favorecem a entrada do ar", comenta a consultora sexual Vânniah Neves.
O famoso "papai-e-mamãe" é uma das posições que menos chances têm de produzir os flatos vaginais. "O casal está mais acomodado, dificilmente o pênis irá sair totalmente da vagina", ensina Vânniah.
A dica da consultora é: "posições em que o casal fica mais distante, onde o pênis tem grandes chances de sair por completo da vagina, como a posição de quatro e a mulher por cima do homem, são as mais propícias a produzir os barulhos".


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Cinco coisas que todo mundo deveria saber sobre camisinhas

Acessório indispensável na relação sexual, a camisinha (ou preservativo, com você preferir!) possui alguns fatos importantes que nem sempre são expostos nas instruções da embalagem. O site feminino Your Tango enumerou cinco dicas para manter a sua diversão a dois o mais tranquila possível. Confira:
1. Alergias podem acontecer. A maior parte dos preservativos são feitos com látex. E algumas pessoas são alergias ao produto. Mas não se preocupe: os fabricantes já disponibilizam no mercado camisinhas de poliuretano que, além de não causar alergia, ainda são mais finas e aumentam a sensibilidade.
2.Saiba onde armazenar. Carteiras não são o melhor lugar para guardar camisinhas pois o calor (fora o aperto) do acessório junto ao corpo farão com que o látex se deteriore. Para as mulheres, o melhor mesmo é manter na nécessaire, por exemplo, onde ficará protegida.
3. Saiba colocar. O processo é simples, mas muita coisa pode dar errado! Tenha certeza de que a camisinha desceu até a base do pênis; não esqueça de retirar o ar da ponta dela; e também repare se ela está virada para o lado certo antes de desenrolar.
4. Cuidado com lubrificantes. Muitas camisinhas já possuem lubrificante, mas alguns casais gostam de acrescentar um pouco mais para tornar o momento mais confortável. Certifique-se de que ele é à base de água, pois produtos como a vaselina (base oleosa) podem corroer o látex.
5. Um aviso óbvio. Além da abstinência, o uso do preservativo é a única maneira de prevenir doenças sexualmente transmissíveis, além de evitar uma gravidez indesejada. Qualquer sejam os motivos que para que você insista em não usar (coisas do tipo "é como chupar bala com papel"), supere-os e procure uma marca que seja adequada às suas necessidades.


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Você tem medo de perder o medo?


por Teresa Cristina Pascotto

Medo... nosso companheiro de longa estrada. No momento de nosso nascimento, ele já estava ali para nos "saudar", nos esperando de braços abertos, tranquilo por saber que nunca o deixaríamos. Somente o medo não sente medo de ser abandonado, ele sabe que estará sempre conosco, por toda a nossa vida. Fomos crescendo e experimentando a vida e aprendemos que em determinadas circunstâncias, o medo se faz mais presente e mais assustador, e em outras situações, ele aparece de forma sutil, quase imperceptível, mas nunca deixa de estar presente, principalmente, nos momentos mais importantes e cruciais de nossa vida. Sem termos consciência, fizemos do medo nosso "termômetro" para medir a importância das circunstâncias, ou seja, quanto mais "alta a temperatura" (de certa forma, o medo nos traz uma onda de calor intenso) que o medo manifesta, mais importante é a situação. Se o medo não for intenso, acreditamos que a situação não é muito boa e não a consideramos muito. Sentir medo é algo muito desagradável, as sensações são muito ruins.

O medo consciente e aceito, logo se dissipa, mas o medo inconsciente e não aceito, sempre nos traz mais malefícios. Por acreditarmos que sempre sentiríamos medo e por sabermos que sentir medo é algo horrível e angustiante, tivemos que criar uma estratégia de sobrevivência ao medo e passamos então a associar uma corrente de "prazer" ao medo, ou seja, passamos, inconscientemente, a gostar do medo. Isso quer dizer que viramos "masoquistas" e, mesmo sentindo as sensações terríveis de medo, gostamos disso e passamos a criar mais e mais circunstâncias que nos tragam muito medo. Quanto mais medo, melhor. Por exemplo, num caso mais extremo, existem pessoas que apreciam mais declaradamente as sensações de medo, são aquelas que adoram filmes de terror ou outras "diversões" que lhes provoquem muito medo. Estas, pelo menos, são mais conscientes de que gostam de sentir medo. Mas a grande maioria de nós está totalmente inconsciente do quanto gosta de sentir medo.

Criamos problemas e dificuldades onde não existem, só para ficarmos preocupados, ansiosos e... com muito medo de ter ou de perder ou de não conseguir, não importa o que desejemos, sempre convidamos o medo a se manifestar em nossa vida. Infelizmente, nossa vida é rodeada, baseada e permeada pela energia do medo. Nosso lado masoquista não suporta viver sem os "prazeres" que o medo proporciona.

Quando fazemos o caminho do autoconhecimento, aprendemos a lidar com o medo e começamos a confrontá-lo e a superá-lo em certa "dose", deixando de gostar do medo, o que nos leva a avançar. Quanto mais avançamos, mais prontos vamos ficando para enfrentarmos a vida, com medo ou sem medo. Entendemos que o medo faz parte da existência humana e, ao invés de fugirmos ou lutarmos, passamos a caminhar com o medo junto de nós. Isso nos leva cada vez mais adiante, até que chegamos a um ponto em que uma etapa extremamente significativa em nosso processo de transformação chega ao final de seu ciclo, colocando-nos em um nível de consciência mais elevado, onde estaremos sintonizados com dimensões superiores, onde tudo acontece de forma natural e espontânea. Podemos dizer que não sentimos mais medo das "coisas e circunstâncias" das quais sentíamos antes. O ego pressente que nesse nível ele não conseguirá mais nos afetar e nos frear lançando "mísseis de medo", ele sente que os medos antigos não nos afetarão mais como sempre nos afetaram. O ego entra em desespero, pois ele só aprendeu a viver sob o domínio do medo e aprendeu a gostar e se viciou nessa energia de medo... Como poderemos viver, num outro nível de consciência, sem sentirmos a experiência avassaladora do medo para nos interditar?

É neste ponto, impulsionado pelo desespero de perder mais do poder sobre nós, que o ego inventa uma nova modalidade de medo: cria o medo de não sentirmos mais medo. Depois de termos superado muito de nossos medos, não esperamos sentir mais medo nesse momento de tamanho avanço e é por isso que não compreendemos o que está ocorrendo conosco quando, neste ponto de nosso processo, tudo começa a paralisar, estagnar, esvaziar. Ficamos confusos, não era para isto acontecer. Antes, quando sentíamos medo, a paralisação era até algo "normal", mas agora que não estamos mais sentindo medo do que virá a seguir em nossa vida, não faz sentido esta estagnação. A habilidade que o ego tem de criar interdições veladas é impressionante. Poderíamos esperar tudo, até mesmo alguns resquícios de medos antigos, ou uma paralisação ou esvaziamento como forma de fazermos alguns reajustes internos, para nos adaptarmos às mudanças que ocorreram em nós, para nossa próxima etapa de vida... mas sentir medo de perdermos o medo da vida é algo que jamais imaginaríamos experimentar!

Para conseguirmos perceber essa sutil e poderosa estratégia do ego, basta que prestemos atenção ao que está acontecendo dentro de nós, quando tudo começar a parar de fluir. Ao levarmos nossa atenção ao que ocorre dentro de nós, começaremos a sentir algo muito familiar... sensações de medo! Quanto mais prestamos atenção, mais o medo vai se intensificando. Se deixarmos acontecer, com auto-acolhimento e aceitação, essa onda de energia aumentará, ficaremos "pegando fogo" de tanta energia de medo. Devemos ficar firmes, dando passagem à energia, sem tentarmos fugir ou frear esse fluxo, afinal, já fizemos isso inúmeras vezes durante nosso processo, com a diferença que neste ponto essa energia de medo é "nova", pois foi criada pelo ego como último recurso desesperado para nos interditar. Mas medo é medo, então, é só aguentarmos o fluxo, que o medo irá se dissipando, talvez demore um pouco mais, pois o ego caprichou na dose e na estratégia, fomos pegos de surpresa e este fator tem sempre um grande poder. Talvez venhamos a ficar incomodados e estranhos durante alguns dias, mas com a consciência e aceitação desse acontecimento dentro de nós, estaremos em nosso poder pessoal, enquanto a energia de medo vai se dissipando e o ego vai percebendo que foi pego em flagrante lançando esse míssil de medo e aceitando que quando é pego em flagrante, sempre perde o poder sobre nós. Tudo irá se ajustando e as energias se equalizando, voltando ao estado mais elevado novamente, até que percebemos que não estamos mais sentindo medo. Estaremos prontos novamente, mas muito mais fortalecidos por essa experiência.

Isto terá sido muito valioso, pois agora saberemos que o ego é capaz de tudo e que poderá gerar "novos medos" mais adiante. Ter consciência dos recursos do ego, sempre nos faz resgatar mais de nosso poder. Assim, aliviados por termos resolvido essa questão, recuperamos nossas forças, respiramos tranquilos e aguardamos para que as energias voltem a fluir de forma mais plena e poderosa, nos colocando novamente diante daquele ponto, em que estávamos prestes a dar o salto para outro nível de consciência. Será apenas uma questão de momento, até que voltemos a sentir a deliciosa brisa da bem-aventurança chegando a nós. A partir disso, é só deixar fluir...
Fonte:


sábado, 2 de junho de 2012

Não consegue se entregar para viver um grande amor?


Rosana Braga
Por mais que o discurso da grande maioria das pessoas seja o de que desejam sinceramente experimentar uma relação madura, intensa e íntegra, verdade seja dita: muitas sequer conseguem acreditar nesta possibilidade e, consequentemente, entregar-se ao que sentem!
Outras, embora acreditem e se empenhem para viver uma relação baseada nesses preceitos, sentem tanto medo de dar errado e sofrer, ou de não serem correspondidas, que começam e terminam com "um pé atrás", como se tivessem de se manter sempre defendidas para, caso algo dê errado, estejam preparadas... Mas, sabem que nunca estão, nem nunca estarão!
Claro, amar (e receber amor) não são tarefas fáceis! Entregar-se requer autoconfiança, confiança no outro e coragem para correr riscos. Coragem para, sobretudo, ver-se no outro, através dele! Além disso, pode ser mesmo que não dê certo, que acabe antes do que a gente gostaria ou que haja boa dose de sofrimento envolvido nesse intenso aprendizado.
Estamos falando de um encontro entre seres em evolução e amadurecimento. Estamos todos aprendendo, desejando acertar, mas errando muitas vezes, sem conseguir enxergar a nós mesmos naquilo que tanto nos incomoda e assusta.
Além disso, somos também resultado de muito do que aprendemos com nossos pais, do que vimos na dinâmica de amor deles. O que e como vivemos quando crianças diz muito sobre o modo como nos relacionamos atualmente, pode apostar! Elis Regina imortalizou muito bem essa verdade no verso:

"...Minha dor é perceber / Que apesar de termos / Feito tudo o que fizemos / Ainda somos os mesmos / E vivemos / Como os nossos pais..."

Mas isso não significa, definitivamente, que você não tem como fazer diferente, fazer do seu jeito, do modo como acredita ser o melhor. Isso não significa que você não está pronto para se entregar, para apostar todas as fichas num encontro sem que isso signifique se perder de si mesmo.
Pare de acreditar que existirá um momento perfeito, com alguém perfeito, quando você estiver completamente certo ou tiver todas as respostas. Esse momento simplesmente não existe. Nunca vai chegar!
O momento de se entregar é agora, hoje, daí de onde você está, com quem estiver, ou ainda que esteja só. A entrega não pode depender do outro. É a sua escolha. É a sua postura diante do amor, diante da vida! Isso muda tudo! Faz toda a diferença!
O fato é que, no exato instante em que você decide viver, conectado com o momento presente, atento aos sinais, fluindo com os acontecimentos, em sintonia com seu coração, a existência recupera toda a sua força e faz acontecer o que tiver de ser! Isso se chama fé! E não existe amor sem fé!
Não estou dizendo que as dúvidas, todos os medos ou todas as frustrações desaparecerão. Não! Até porque isso tudo também faz parte do processo de amar e viver. De crescer. De fazer valer a pena!
O que estou dizendo é que quando a gente para de dar desculpas e começa a viver de verdade, o amor se enche de possibilidades e de atalhos. Que fica muito mais fácil lidar com os conflitos. Que se tornam muito mais cheios de significados tanto os encontros quanto os desencontros.

Porque, no final das contas, cada detalhe é parte fundamental de uma história cujo enredo depende somente de quanto tempo você fica sentado na plateia pensando se deve arriscar ou não, e de quanto tempo você sobe no palco e faz acontecer. Pensando, sim. Mas, sobretudo, vivendo, amando e aprendendo!

Fonte:



domingo, 22 de abril de 2012

Você atrai ou é atraída pelos cafajestes?

Por  Rosana Braga ::

Já ouvi muitas mulheres concluindo que "tem dedo podre para relacionamento", referindo-se ao fato de, repetidas vezes, envolverem-se com o que consideraram "o homem errado" ou, como são mais comumente conhecidos, os tais "cafajestes".
Pensando sobre isso, resolvi pesquisar o significado deste adjetivo que tanto se aplica ao gênero masculino. O termo denota alguém que não tem modos, vulgar, infame, desprezível, canalha. Achei até bem pesados esses sinônimos, ainda mais se levarmos em conta que, muitas vezes, nem se trata desse tipo de comportamento, mas apenas de homens que se relacionam de forma incoerente, imatura ou defendida diante do amor.
Bem, em primeiro lugar, que fique bem claro: do mesmo modo que existem homens cafajestes, o adjetivo cabe perfeitamente para alguns exemplares do sexo feminino! Entretanto, este artigo em especial é dedicado a elas, às mulheres que, em algum momento de suas vidas, já pararam diante do espelho e se questionaram: "será que o problema está em mim? Será que sou eu que atraio esse tipo de homem, esse tipo de relacionamento? Ou será que sou atraída por eles?".
No final das contas, atrair ou ser atraída talvez seja o que menos importa. Dá no mesmo! O resultado é sempre aquele kit de sentimentos desconfortáveis, incluindo frustração, sofrimento, baixa autoestima, sensação de ter sido feito de tola, entre outros que certamente muitas mulheres conhecem em intensidade e profundidade.
O fato é que, se você atrai ou se se deixa atrair, significa que sua energia e sua dinâmica interna estão fazendo gancho com a cafajestagem. Você está identificada com esse tipo de situação. Você e o relacionamento que inclui a cafajestada estão se nutrindo mutuamente. Isto é, no momento exato em que sua essência não estiver mais em sintonia com esse tipo de funcionamento, simplesmente não irá atrair e nem ser atraída por homens cafajestes.
Sendo assim, penso que a reflexão mais importante seja: "como deixo de enganchar neste tipo de homem, de relação, de dinâmica cafajeste?".
Para começar, penso que você precisa descobrir qual é a crença que carrega e que inclui características de um cafajeste. Talvez algo como "os homens não prestam", "mulher sempre sofre por amor", "mulher sabe amar e homem não sabe", "os homens são todos mentirosos", entre outras semelhantes. Enfim, alguma crença tendenciosa e extremista, que formata homens e mulheres em apenas uma possibilidade - a de que é impossível viver uma relação harmoniosa, equilibrada, feliz, que conduza ao amadurecimento de ambos e à satisfação de compartilhar um sentimento verdadeiro e recíproco.
Enquanto não descobrir que crença limitante é essa e não reescrevê-la, recriá-la com consciência e com a certeza de que existem, sim, homens bacanas, sinceros, que estão realmente tentando fazer suas relações darem certo, que estão dispostos, disponíveis e comprometidos com o exercício do amor; e que você não só quer muito como também está convicta de que merece encontrar um parceiro assim, sinto muito... mas não haverá espaço e nem sintonia suficiente para que este tipo de homem se aproxime de você ou você se aproxime dele.

Na vida em geral, e também no amor, estou cada vez mais certa de um fato: o que você vive não passa do reflexo daquilo que você é! Trata-se de ser, mais do que de querer, achar ou pensar. Você atrai semelhantes. Você atrai e é atraída por pessoas e situações que possam confirmar suas crenças, suas verdades, suas sentenças mais íntimas e arraigadas em seu corpo, sua mente e seu coração!
E veja bem: não estou dizendo que você é tão cafajeste quanto o homem com quem tem se relacionado. Mas estou, sim, dizendo que só se relaciona com um cafajeste quem, bem lá no fundo de sua alma, ainda acredita (e só você sabe por que ainda acredita) que merece só isso!
Porque quando deixar de acreditar, não há cafajeste no mundo que vai conseguir despertar seu desejo. Que dirá seu coração...



sábado, 21 de abril de 2012

Pobre amor. Onde está você?


“o amor é fruto da conspiração da Pobreza de ter um filho com Recurso, filho de Prudência.”
“Esse filho vive num extremo. Será para sempre pobre em homenagem a mãe. Mas puxou o pai, e, portanto, sabe o que é belo e bom. Está sempre à procura disso, mas nunca consegue.”


Caso do professor que matou a aluna em Brasília.
Reflexões de Michael Foucalt sobre o surgimento da Criminologia e da personalidade voltada ao crime (art. 59 do CP)

O caso do professor Rendrik, que matou a aluna em Brasília, depois que discordou do fim do relacionamento, causou enorme repercussão popular. Tanto interesse do povo poderia ser justificado por motivos nobres: solidariedade em relação à família da vítima ou sede de justiça em relação ao criminoso. Mas para a psicologia, o interesse do povo, em relação às notícias sobre crimes, está em ver a punição por crimes que desejamos ou aceitamos cometer um dia. Ao ver um programa policial, haveria, segundo Freud “[...] uma compensação às restituições que alguém coloca ao próprio sadismo” ”.
Em Totem e tabu, Freud afirmou que a tentação de repetir o ato do transgressor exigia o isolamento e a quarentena de quem violava um tabu. Desse modo, toda reação punitiva tinha como pressuposto, entre os membros do grupo, impulsos idênticos aos proibidos. Para Mead, sob o enfoque da psicologia social, mas chegando aos mesmos resultados de Freud, a hostilidade em relação aos criminosos contribui para aumentar a solidariedade e o amor dos cidadãos não deliquentes. Isso implicaria um reforço coletivo da moralidade. No entanto, por trás desse fundamento racional do castigo, há sua verdadeira função: “a gratificação pelas agressões desejadas, porém reprimidas”.
O “caso do professor Rendrik” parece contrariar essa tese. A maioria do povo não admite sequer matar alguém, quem dirá atirar três vezes contra sua “alma gêmea”. Além disso, todos buscam distanciar-se do assassino, seja por sua visão equivocada do amor como “posse”, seja por seu aparente perfil “psicopata”.

O curioso é que, para os maiores filósofos da humanidade, o amor depende da posse ou está relacionado ao que sentimos quando nos apoderamos de algo. Schopenhauer é explícito ao relacionar amor com posse. Para esse filósofo, o amor é uma ilusão subjetiva, um estratagema para que a natureza consiga atingir seu fim: a multiplicação da espécie. Isso se confirmaria pelo fato de que o apaixonado não deseja simplesmente a correspondência amorosa: “[...]mas a posse, isto é, o gozo físico”. A busca inconsciente dos enamorados pela procriação também se confirmaria pelo fato de os homens gostarem de mulheres com seios grandes (mais leite para as crias) e também pela atração entre os opostos (maior mistura de material genético, criando espécies mais fortes).
Para Sócrates, o amor também está relacionado à posse. Na obra o banquete de Platão, sete amigos tentam descrever o amor. De ressaca por uma noitada anterior, resolvem beber apenas o suficiente para explicarem qual o melhor conceito sobre o “amor”. Não importa descrever a versão de cada um. Até porque Platão considera sofismas as seis primeiras análises. Endeusam o sentimento “amor”, mas não o explicam. Só havia um filósofo no recinto, aquele que estava realmente à procura da verdade. Era Sócrates. Ele teria ouvido a verdade sobre o amor de uma mulher de Mantinéia, Diotima. Para ela, o amor é fruto da conspiração da Pobreza de ter um filho com Recurso, filho de Prudência. Depois de um banquete em homenagem ao nascimento de Afrodite, banqueteavam-se os Deuses. Recurso exagerou na dose e acabou cochilando no Jardim. A pobreza aproveitou-se da situação e teve um filho com Recurso, o Amor. Esse filho vive num extremo. Será para sempre pobre em homenagem a mãe. Mas puxou o pai, e, portanto, sabe o que é belo e bom. Está sempre à procura disso, mas nunca consegue. Daí por que o amor é necessidade, é desejo. Isso só existe, segundo Sócrates, quando não temos. Afinal, somente se deseja: “[...]o que não está à mão nem consigo, o que não tem, o que não é ele próprio e o de que é carente”.
Por isso Romeu e Julieta se amam, porque nunca podem ter um ao outro. O obstáculo é a rixa entre as famílias. Em Tristão e Isolda, o cavaleiro chega a morrer de amor ao acreditar na impossibilidade de ter a Princesa em seus braços. Aqui o empecilho que sustenta o amor entre os pombinhos é a diferença entre classes sociais. Daí por que consideram o amor platônico um sofrimento, o eterno desejo por aquilo que não se tem.
O que importa considerar é que Sócrates não diferencia, em essência, o amor entre seres humanos do amor pelas coisas. Daí aproximar o sentimento de amor ao de posse, à necessidade de ter. Nesse sentido, é amor tanto o desejo de um jovem por uma Ferrari quanto pela mulher que o despreza. Nos dois casos há desejo pelo que não se tem. O afeto até seria maior pela Ferrari.  Afinal, quanto maior é a impossibilidade de ter, maior o desejo. No segundo caso, pelo menos já se tem a amizade da garota, falta uma dose de coragem e competência para usar as palavras certas para acertar o coração da donzela. Da Ferrari, tem-se somente um pôster. O que faz Sócrates é apenas graduar em termos de qualidade o amor. Seria próprio dos jovens, segundo ele, o desejo por coisas/corpos bonitos, enquanto os mais velhos teriam interesse em almas belas. No entanto, em ambos os casos, há necessidade de ter, e, portanto, amor.
O tratamento do amor desvinculado da posse é atribuído sem razão ao gênio de Aristóteles. Isso porque, na Ética eudemeia, o autor afirma que amar é regozijar-se. Nesse sentido, amar seria simplesmente alegrar-se com a existência do outro. André Comte, conferencista na Universidade de Paris, esclarece o equívoco. Segundo o autor, quando Aristóteles conceitua o amor dessa forma emprega o termo grego phílis – que quer dizer amizade – e não eros – o amor erótico. O primeiro termo descreveria: “o amor entre os pais e os filhos, ou entre os filhos e os pais”. Seria o amor por aquele que não nos faz falta: “a quem com compartilho a sua vida, e ele(a), a minha”.  O termo philis também seria adequado para descrever o amor entre as pessoas casadas, aos companheiros. Já que, segundo André, o amor erótico não sobreviveria ao casamento. Não obstante, o que importa é que Aristóteles não divergia de Sócrates quanto ao conceito de amor erótico e sua vinculação irremediável à idéia de posse.
Ainda segundo a concepção socrática de amor, é preciso distinguir o distanciamento voluntário e involuntário entre o sujeito e o objeto de desejo. Só assim se desmistifica o fato de matar por amor. O amor-erótico está sempre entre os extremos, entre a ignorância do outro ao seu conhecimento total. Aquele que não conhece não pode amar, tampouco aquele que compreende integralmente o outro. É preciso criar fantasia sobre o ser amado, daí a figura do príncipe encantado. Quando ele morre, acaba o amor. A canção de Claude Nougaro (Onde fica o Sena?) ilustra bem isso. Segundo ele: “[...]só que existe o tempo/ e o momento fatal/ em que o marido malvado/ mata o príncipe encantado”. Para que permaneça o amor, deve haver sempre a vontade, o desejo de possuir, de conhecer o objeto do desejo. Portanto, a distância entre o apaixonado e o objeto do desejo deve sempre existir. Mas a aproximação deve sempre ser buscada, ainda que isso diminua o amor. Quem aumenta a distância voluntariamente até aumenta o amor, mas não age em razão dele.
Outros são os motivos de quem mata supostamente por amor. Pode ser o egoísmo de não querer o objeto do desejo com outra pessoa ou até mesmo a ânsia de acabar com o sofrimento gerado pelo amor platônico. O prazer gerado pelo sexo, o total abandono do “eu”, implica o desejo da eterna repetição desse estado livre de preocupação. Daí a dependência pelo corpo, pelo físico. A consciência dessa perturbação, de que pode perder o objeto de desejo por investidas de terceiros, chama-se ciúme. Segundo Krishnamurti, nele existe sofrimento, ódio e violência. Além disso, a necessidade de repetir experiências com o objeto do desejo, e a consciência dessa impossibilidade – como um “pé na bunda” bem dado –, gera o sofrimento do amor platônico. Daí o alívio sentido pelos assassinos apaixonados quando extinguem o objeto de desejo.
A intensidade com que esses sentimentos vis se manifestam nos autores de crimes bárbaros sugere a tese de que, nesses casos, haveria um desvio comportamental no agente, uma tendência inata para cometer crimes, um psicopata. A professora Ana Beatriz, Psiquiatra e a autora do best seller “mentes perigosas: o psicopata mora ao lado” defende a existência de indivíduos com personalidade voltada ao crime. Segundo ela, a psicopatia não é uma doença mental. O ato criminoso praticado por esses indivíduos desviados é fruto de : “[...]um raciocínio frio e calculista combinado com uma total incapacidade de tratar as outras pessoas como seres humanos pensantes e com sentimentos”. Elenca diversas características comum aos psicopatas. Segundo a autora, o indivíduo com personalidade desviada, um criminoso em potencial, é espirituoso e divertido, não se constrange quando desmascarado com suas mentiras, tem uma visão narcisista e supervalorizada de seus valores e sua importância, além de outras dez características.
Para Michel Foucalt, o conceito de psicopata é falso e criado para atender os interesses da burguesia. Para o autor, o conceito de psicopata implica dobrar o delito com a criminalidade. Com isso o exame psiquiátrico busca: “[...]  toda uma série de outras coisas que não são o delito mesmo, mas uma série de comportamentos, de maneiras de ser que, bem entendido, no discurso do psiquiatra, são apreendidas como a causa, a origem, a motivação, o ponto de partida do delito”. A busca pelas causas do delito não fazia sentido até o fim do período monárquico. Nessa época, qualquer crime, por menor que fosse, representava uma insurreição contra o soberano. Daí afirmar Foucaut que, no período monárquico: “[...]não há mecânica do crime que seria da alçada de um saber possível; não há mais que uma estratégia de poder, que exibe sua força em torno e a propósito do crime”. Prova disso é que a criminologia surgiu apenas entre o fim do século XIX e começo do século XX.
 Para Foucalt, a burguesia não apenas ascendeu ao poder. Mas inaugurou uma nova forma de exercê-lo. Segundo ele, essa nova arqueologia permitiu a um só tempo: “[...]majorar os efeitos do poder, diminuir o custo do exercício do poder e integrar o exercício do poder aos mecanismos de produção”. Tudo isso sob uma aparente racionalidade das instituições.  O ideal de que a pena deveria corresponder aos danos causados à sociedade permitia economizar despesas com a punição. O atestado de psicopatia permitia aumentar os efeitos do poder, pois se punia o criminoso por atos cometidos bem antes do crime e sem qualquer relação aparente com ele, em clara ofensa ao princípio da legalidade. Afinal, como alerta Foucalt, lei nenhuma proibia ser o indivíduo imoral ou amar mais a si que aos outros. O conceito de psicopata seria uma técnica de normalização, a imposição de um padrão ético de conduta. A psiquiatria estava avançada, nessa época, e se sabia que os laudos psiquiátricos indicando uma personalidade voltada ao crime eram fajutos, risíveis, grotescos. Foucalt demonstra casos em que a psicopatia era afirmada a partir do gosto do criminoso por jogos e automóveis. Não é coincidência que o homem normal seja conveniente ao burguês. Ele se casa antes dos trinta anos, tem filhos, constitui família e é feliz como empregado.
Como foi possível que a psicopatia se infiltrasse no Judiciário, já que esse conceito atenta contra o princípio da legalidade, outro ideal burguês? A idéia de colocar um psiquiatra para constatar a psicopatia dava autoridade ao laudo, pouco importando o grau de certeza científica da afirmação. Por outro lado, o ideal burguês do princípio da persuasão racional das decisões judiciais permitia que os juízes desprezassem o laudo, decidindo a normalidade do réu a partir de sua convicção pessoal. Na verdade, sempre homologavam o parecer técnico do Psiquiatra. No entanto, o sistema permitia a inserção de um médico que seria ao mesmo tempo, nas palavras de Foucalt, médico-juiz, sem tirar o poder do Juiz de Direito. A afronta à legalidade, ao punir o criminoso por atos anteriores ao delito, estava justificada pela aparente racionalidade do laudo médico, proveniente de um saber relacionado às ciências naturais.
Atualmente, o conceito de psicopata ganhou autonomia jurídica. Com isso, o médico-juiz sai de cena e o juiz de direito passa a determinar por si só quem é psicopata. No Código Penal (art. 59), o juiz deve determinar a pena-base para o delito, devendo considerar para efeito de cálculo a personalidade voltada ao crime, o que é sinônimo de psicopatia.
Por outro lado,  os psiquiatras passam a utilizar o termo psicopatia no próprio consultório. Angariam novos clientes. Antes, apenas os loucos, agora também os anormais.
O padrão ético burguês, escondido sob o conceito de psicopatia, demonstra como funciona a arquitetura do Poder na atualidade. Não há dominantes e dominados. O Poder não é exercido ao toque de caixa, empurrado guela abaixo. Aumenta-se o Poder pela repartição do próprio Poder. A Ciência fica a serviço da ideologia reinante. Esse é um dos artifícios utilizados pela arqueologia do Poder burguês para aumento e manutenção da dominação. Preço: aumento do Poder para os cientistas. Desse modo, a Psicopatia é alçada à categoria de norma para o Judiciário e doença para a Medicina.
Aproximar o criminoso da população por meio da negação da idéia de amor-erótico desvinculado da posse e da psicose não implica considerar todos criminosos potenciais. Segundo Freud, o interesse do povo pelas notícias sobre crimes se justifica a partir da identificação entre os instintos do criminoso e os do resto da massa. A moral não destrói esses instintos, que ficam presos no inconsciente, como afirmado. No entanto, isso não impede que a internalização da moral religiosa ou de outros subsistemas sociais signifique para o indivíduo a disposição eterna de não cometer crimes ou determinado tipo de crime. O que não se pode é etiquetá-lo como impotente para a prática de crimes. Isso seria utilizar o conceito de psicopata ao reverso, pois teríamos que avaliar o sujeito a partir de suas ações bondosas, pois sua mente é impenetrável.


Leia mais: 
http://jus.com.br/revista/texto/21539/caso-do-professor-que-matou-a-aluna-em-brasilia#ixzz1sd9OMcGL


sábado, 21 de janeiro de 2012

Comer ou não comer?

A começar pelo sábio ditado que diz que "somos o que comemos", podemos ter uma ideia da importância de nossas escolhas ao compor nosso cardápio diário.
(...)
Transar ou não transar tem que estar diretamente relacionado com uma fórmula poderosíssima: aquela resultante da combinação entre o que você sente, pensa e quer. Ou melhor, seus sentimentos, desejos, valores e responsabilidades.


Sexo casual: fazer ou não fazer?
Rosana Braga
Há tempos venho pensando no assunto. Não exatamente sobre fazer ou não fazer, mas sobre a conotação que as pessoas, a sociedade e a mídia têm dado ao ato sexual. A impressão que fica é de que, na maioria das vezes, temos caído em dois perigosos extremos: ou se romantiza demais ou se banaliza demais!

Portanto, penso que o ideal, ao falarmos sobre o assunto, é tentar encontrar o equilíbrio e, sobretudo, a possibilidade de uma postura saudável diante das escolhas. Sem querer minimizar o que quer que faça parte dos valores de cada um, apenas para facilitar a compreensão, penso que podemos traçar um paralelo entre sexo e comida.
A começar pelo sábio ditado que diz que "somos o que comemos", podemos ter uma ideia da importância de nossas escolhas ao compor nosso cardápio diário. Comer demais causa obesidade. Gordura em excesso entope as artérias do coração e causa doenças cardíacas. Açúcar além da conta pode causar, entre outros danos, diabetes. Alimentos industrializados podem provocar câncer. Por outro lado, alimentos naturais e até mesmo alguns não tão politicamente corretos, quando consumidos com moderação e consciência, não prejudicam a saúde. E por aí vai... Você certamente já sabe de tudo isso.

Bem, com as relações sexuais, é mais ou menos a mesma coisa. Poderia citar aqui o que pode causar o sexo sem responsabilidade, mas acredito ser desnecessário. Sendo assim, se a pergunta é "sexo casual: fazer ou não fazer?", sugiro algumas importantes reflexões: este status de "casual" é uma opção ou uma falta de opção? E se é uma opção, ela tem a ver com uma atitude também casual ou recorrente? Se for recorrente, será que se trata de uma fuga, um medo, uma dificuldade de estabelecer vínculos afetivos? Está tentando enganar a quem?

No mais, você realmente quer ou simplesmente está se deixando levar pela escolha do outro? Você está reconhecendo seu próprio desejo, em seu corpo, em seus batimentos cardíacos, ou apenas está reproduzindo um comportamento ditado pela mídia como sendo o mais condizente com os tempos atuais?

O fato é que se você tem se tornado aquele tipo de pessoa que vai às baladas e já parte para os "finalmentes", certamente está banalizando o ato sexual, desconsiderando seus sentimentos e desvalorizando seu coração. E se, por outro lado, vive negando sua sexualidade, usando seu sexo como passaporte para conquistar algum outro status ou transformando-o numa espécie de leilão, também está seguramente se equivocando na dose.

Transar ou não transar tem que estar diretamente relacionado com uma fórmula poderosíssima: aquela resultante da combinação entre o que você sente, pensa e quer. Ou melhor, seus sentimentos, desejos, valores e responsabilidades.

Quer? Acredita que não está violando sua própria ética? Pode arcar com as consequências? Sabe fazer com responsabilidade? Então, vá por inteiro. Entregue-se de corpo e alma e faça esse momento valer a pena. Sem culpas, sem tabus, sem pudores inúteis e sem falsos moralismos. Porque sendo casual ou não, fazer amor tem de ser uma escolha que conduza os envolvidos ao prazer, à alegria, à delícia de se saber visto, querido e pulsante! E isso só pode ter a ver com maturidade e, por que não dizer?, amor...

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